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DNIT ADIA NOVAMENTE ABERTURA DOS ENVELOPES

Campo Grande/Mossoró - Pela quarta vez consecutiva, o Departamento de Infra-estrutura e Transporte (DNIT) adiou a abertura dos envelopes para contratar a empresa que vai construir o trecho da BR-110, que compreende entre Mossoró e Campo Grande, passando pela cidade de Upanena. Considerada fundamental para o desenvolvimento da região, as autoridades vem protelando há mais de cinco décadas a construção da rodovia.
Inicialmente, a abertura dos envelopes no Dnit havia sido marcada para o dia 28 de março, mas terminou sendo adiado. Foi adiado novamente e mais uma vez para o dia 10 deste mês. No entanto, no dia 10 passado, o deputado federal João Maia, do PR, que se apresenta como amigo do ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, comunicou ao prefeito Francisco das Chagas, de Campo Grande, que foi adiada de novo a abertura dos envelopes.
Com o novo adiamento, o Dnit admite que será difícil concluir o processo de licitação em tempo hábil para iniciar a obra no período permitido pela Legislação Eleitoral, ou seja, 3 de julho. João Maia disse ao prefeito Francisco das Chagas que a abertura dos envelopes foi adiada em sete dias, ou seja, deve ser abertos ainda nesta semana, mas se houve recursos, o processo será concluído em mais de 45 dias. Ou seja, a obra fica para depois de 3 de outubro.
O projeto de construção do trecho de 78km da BR-110 foi apresentado na Câmara Municipal de Upanema, com a presença de vários senadores e deputados da Bancada Federal do Rio Grande do Norte. Na ocasião, o superintendente do Dnit, Fernando Rocha, fez uma exposição do projeto, explicando que a obra é demorada e vai custar aos cofres públicos R$ 94 milhões. Os deputados e senadores disseram que a obra estava no Programa de Aceleração do Crescimento.
Apesar de toda a urgência e cobrança da Bancada Federal em Brasília, o Dnit conseguiu R$ 10 milhões dos R$ 94 milhões que precisa interligar as cidades de Mossoró e Campo Grande com rodovia asfaltada. Mesmo assim, segundo Fernando Rocha, os recursos já disponíveis já são suficientes para fazer a licitação e iniciar a obra.

BENEFÍCIO
Com o investimento, será possível o aproveitamento dos 300 milhões de metros cúbicos armazenados na Barragem de Umari. Também vai facilitar a escoação da produção de sal da região de Mossoró e Areia Branca para a região sul do País. Outro benefício seria na questão do transporte para estudantes e pessoas enfermas da região de Campo Grande e Janduís para Mossoró.

Fonte: de Fato