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Grandes Nomes da Nossa História

FELIPE GUERRA

Um campo-grandense que teve seu nome dado a uma cidade do Rio Grande do Norte, Felipe Guerra.

FELIPE NERI DE BRITO GUERRA, natural de AUGUSTO SEVERO, atual cidade de CAMPO GRANDE-RN, nascido a 26 de maio de 1867. Filho do Barão LUIS GONZAGA DE BRITO GUERRA (27.9.1818 – 6.6.1896) e da Baronesa JOSEFINA AUGUSTO DA NÓBREGA. Bacharel em 1890, deputado estadual em 1891/92 e 1936. Promotor público do APODI, Juiz de Direito de MACAU, CAICÓ e MOSSORÓ. Desembargador do TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO (criado a 9.06.1892) o qual foi seu l8º presidente, o qual prestou o compromisso constitucional no dia 1º de maio de 1918, tendo recebido a presidência do alexandriense HORÁCIO BARRETO DE PAIVA(16.9.1871 – 18.7.1867) e sendo substituído por JOAQUIM HOMEM DE SIQUEIRA CAVALCANTI(8.6.1857 – 27.10.1952). Aposentou-se em 1926. Diretor Geral do DEPARTAMENTO de Educação na administração de HERCULINO CASCARDO (31.7.1931 – 3.2.1932).Além de ter exercido várias atividades ao longo de quase 84 anos de vida, também foi pesquisador incansável, escritor de escol, professor de gerações e diretor do DGEE, atual secretário de EDUCAÇÃO, o qual publicou vários trabalhos de preciosa informação histórica e sociológica destacando-se ‘SECAS CONTRA A SECA’, ‘tendo recebido as honras de clássico nacional elogiado, inclusive pela equipe de Geraldo Waring, cuja composição aplaudiu a obra após vastíssima pesquisa sobre o Nordeste, encontrando em ‘Secas contra a Seca’, esclarecimento e sugestões. Mais tarde os elogios ganharam a forma solene; e ‘SECA DE 1915’. As discordâncias jurídicas com o governador PEDRO VELHO DE ALBUQUERQUE MARANHÃO (*NATAL, 27.11.1856 - +RECIFE-PE,09.12.1907) renderam a FELIPE GUERRA e mais outros magistrados a ‘aposentadoria compulsória’, (sem vencimentos reais), só voltando a vestir a toga no dia 17 de novembro de 1909, isto é, onze anos depois, oportunidade em que voltou a magistratura ao ser designado para ser titular da Comarca de MOSSORÓ. Passou a maior parte deste ‘exílio’ no Sítio ‘Canto do Brejo’, na época encravado no município de APODI, que hoje com muita justiça tem seu nome, época de estudos e pesquisas, produzindo cientificamente naquele chão, especialmente boa parte da Obra ‘Secas Contra a Seca’. Faleceu em Natal no dia 4 der maio de l951.










EPAMINONDAS TITO JÁCOME

Tornou-se o primeiro governador do Acre.


DR. EPAMINONDAS TITO JÁCOME, natural de Campo Grande, nasceu no dia 20 de abril de 1867. Filho do Coronel Luís Florêncio Jácome e de Jesuína Teodolina Porciúncula, irmão do Coronel Pompeu Jácome que por cinco vezes governou nossa cidade e de Luiz Florêncio Jácome que também exerceu o cargo de presidente da Intendência Municipal de Campo Grande. Era médico sanitarista, foi deputado provincial e juntamente com Plácido de Castro participou da Revolução no Acre, em outubro de 1902, que culminou na nacionalização daquele território; tornando-se o primeiro governador da citada federação em 15 de outubro de 1920, pois se configurava como um nome que podia contentar tanto aos objetivos regionais como aos interesses federais. Governou aquele estado até o ano de 1922. Vindo a falecer no dia 29 de março de 1929.







LUIZ GONZAGA DE BRITO GUERRA (Barão de Assu)


Campograndense que recebeu do Governo Imperial o título de Barão.


LUIZ GONZAGA DE BRITO GUERRA, filho de Simão Gomes de Brito e de D. Maria Madalena de Medeiros, nasceu a 27 de setembro de 1818, na fazenda Coroas, da antiga Capela de Campo Grande (Augusto Severo), província do Rio Grande do Norte.
Em 1834, concluiu o curso de preparatórios; matriculou-se, no ano seguinte, na Faculdade de Direito de Olinda, e recebeu, em 1839, o grau de Bacharel em Ciências Jurídicas.
Ingressou na Magistratura com a nomeação interina no cargo de Juiz Municipal e de Órfãos dos termos do Príncipe (Caicó) e Acari, que exerceu no período de 28 de março a 20 de julho de 1843.
Em decreto de 2 de setembro desse ano, foi nomeado Juiz Municipal e de Órfãos do termo da Princesa, Sant’Ana e Angicos, cargo a que foi reconduzido por decreto de 17 de abril de 1848.
Foi nomeado Juiz de Direito da comarca da Maioridade, em decreto de 27 de novembro de 1851, aí serviu de junho de 1852 a junho de 1858.
Foi removido para idêntico cargo na comarca de Assu, em decreto de 12 de abril de 1858, em cujo exercício se conservou de 18 de setembro desse ano até fins de 1873.
Em decreto de 6 de novembro de 1873, foi nomeado Desembargador da Relação de Ouro Preto, cargo que exerceu de 16 de janeiro de 1874 a fins de 1885.
Foi nomeado Presidente da mesma Relação, em decreto de 7 de novembro de 1873, sendo por duas vezes reconduzido a esse cargo — decretos de 4 de março de 1882 e 20 de junho de 1885.
Em decreto de 10 de outubro de 1885, foi removido para a Relação de Fortaleza, cujo exercício deixou em 23 de outubro de 1886.
Foi Deputado Provincial nos biênios 1842-1843, 1846-1847 e 1856-1857.
Na qualidade de Vice-Presidente, governou a província do Rio Grande do Norte em agosto de 1868.
Em decreto de 4 de dezembro de 1886, foi nomeado Ministro do Supremo Tribunal de Justiça, preenchendo a vaga ocorrida com a aposentadoria de João Lopes da Silva Coito; tomou posse a 23 de março de 1887. Foi aposentado por decreto de 10 de novembro de 1888.
Luiz Gonzaga de Brito Guerra foi agraciado pelo Governo imperial com a comenda da Ordem da Rosa, em 20 de fevereiro de 1875; o título do Conselho, em decreto de 24 de janeiro de 1874; a comenda da Ordem de Cristo, em 15 de junho de 1881; e o título de Barão de Assu, em decreto de 17 de novembro de 1888.
Depois de aposentado, fixou residência em Caraúbas e aí se achava quando foi proclamada a República.
Não se insurgiu contra as novas instituições, mas declarou em reunião pública que “as páginas da sua vida estavam preenchidas. Escreveu-as como lhe fora possível. Não havia mais espaço. Fazia, porém, ardentes votos para que as novas gerações em nada deslustrassem o esforço de seus antepassados, e que a República só oferecesse páginas de ouro a acrescentar à nossa história, certos todos de que longos anos de lutas e de desacertos seriam necessários para a organização do novo regime”.
O Barão de Assu faleceu em Caraúbas, no estado do Rio Grande do Norte, no dia 6 de junho de 1896.

Fonte: Supremo Tribunal Federal
http://www.stf.jus.br/portal/ministro/verMinistro.asp?periodo=stj&id=351







 
ROMUALDO GALVÃO


Foi prefeito das duas maiores cidades do nosso estado, Natal e Mossoró.

ROMUALDO LOPES GALVÃO, natural de Campo Grande-RN, nasceu no dia 7 de fevereiro de 1853; Casado com Amélia Dantas de Souza Melo Galvão. Comerciante na cidade de Mossoró, foi prefeito daquela cidade por duas vezes de 1883 a 1986 e de 1892 a 1895. Abolicionista convicto foi presidente e vice-presidente da Sociedade Libertadora Mossoroense, que era uma associação com finalidade de libertar os cativos; foi membro de destaque do quadro de integrantes da Loja Maçônica “24 de Junho”. Depois de um longo período instalado em Mossoró, Romualdo transfere-se para capital do estado, onde continuou a exercer as suas atividades comerciais, como sócio da antiga Farmácia Monteiro, a qual foi transferida para Natal. Romualdo Galvão foi ainda, o segundo presidente da Associação Comercial do Rio Grande do Norte, sendo eleito no dia 12 de janeiro de 1913 e exercendo o cargo no biênio 1913/1914, tendo recebido a presidência do Coronel Fabrício Gomes Pedrosa e foi sucedido por Avelino Alves Freire. Romualdo Galvão chegou a exercer também o cargo de prefeito de Natal, posteriormente vindo a falecer no dia 1° agosto de 1927, com 74 anos.

 


CORONEL POMPEU JACOME - PREFEITO MAIS VELHO DO BRASIL

Coronel Pompeu Jácome, natural de Campo Grande - RN, na residência dos seus pais, Praça João do Vale data em que é comemorada a emancipação política do município em sua homenagem. Foi o primeiro prefeito constitucional de Campo Grande, eleito pelo voto popular, em 02 de Setembro de 1928, tomando posse em 1º de Janeiro do ano seguinte, cujo mandato foi interrompido em outubro de 1930, devido à revolução de 1930, porém antes, em 1916. Já havia sido eleito presidente da Intendência Municipal (atual cargo de prefeito), governando sua terra natal no período de 1º de janeiro de 1917 a 1º de janeiro de 1919. Nascido a 05 de Abril de 1866, filho do coronel Luís Florêncio Jácome (1834 – 1924) e de Jesuína Teodolina Porciúncula. Foi prefeito em cinco períodos, porém, não sendo eleito em todas as suas administrações, e sim, eleito três vezes e nomeado duas vezes. A revista Veja em 1966 por ocasião do seu centenário publicou em suas páginas que o Brasil tinha o prefeito mais velho do mundo, com 96 anos. Havia sido eleito em 05/01/1958, juntamente com seu companheiro de chapa, seu primo - Luiz de França Tito Jácome (5/7/1914 – 18/12/1985), com uma maioria de 123 votos. Ele foi o primeiro criador de gado zebu do Rio Grande do Norte, importando as primeiras cabeças da Índia. Também foi um dos maiores produtores de Algodão Mocó (fibra longa) do Estado, beneficiando, transformando em pluma em usina a vapor na sua própria fazenda Cachoeira e Serra do João do Vale. Seu irmão Epaminondas Tito Jácome (20/04/1867 -29/03/1929), foi deputado provincial, médico, partidário de Plácido de Castro na nacionalização do Acre. Foi o primeiro governador daquela federação, de 15/10/1920 a 1922. Outro irmão seu de nome Luiz Florêncio Jácome (03/09/1874 – 1944), também exerceu o cargo de presidente da Intendência Municipal de Campo Grande. Coronel Pompeu Jácome faleceu no dia 20 de novembro de 1966, com mais de 100.






FRANCISCO DE OLIVEIRA CASCUDO

Pai do famoso Câmaa Cascudo, um dos maiores intelectuais e escritor do Rio Grande do Norte.

FRANCISCO DE OLIVEIRA CASCUDO, natural de Campo Grande-RN, nascido a 27 de novembro de 1863. Pequeno comerciante em sua terra natal foi buscar vida melhor na Capital Potiguar. Em 13 de julho de 1892 prestou compromisso no Batalhão de Segurança do Corpo Policial, atual Polícia Militar, no posto de Alferes, desempenhando comissões difíceis e de comprovada coragem. Na noite do dia 21 de dezembro de 1894 cercou o bando do famoso cangaceiro Antonio Moita Brava, em São Miguel de Pau dos Ferros. Mota Brava pareceu e o Alferes Cascudo foi promovido ao posto de tenente no dia 12 de agosto de 1895. Foi ajudante de ordem do Governador Joaquim Ferreira Chaves em 1898. Em agosto de 1899 dispersou os fanáticos da serra do João do Vale que estavam tornando perigosos pelo fanatismo espontâneo ao redor de dois matutos hábeis. O senador Pedro Velho fizera o seu elogio público em discurso a 11 de fevereiro de 1898. Exonerou-se a 24 de março de 1900. Comerciante, coronel da Guarda Nacional, tornou-se um prestigioso de sua classe, presidindo inúmeras vezes a Junta Comercial e a Associação Comercial que reorganizou e elevou. Deputado nos triênios 1918/1920 e 1921/23, membro da Intendência Municipal de Natal (1922), participou ativamente da vida social, econômica e política do Rio Grande do Norte, com influência eleitoral em vários municípios potiguares. Fundou e manteve de 1919 a 1927, o jornal “A Imprensa”, de profunda impressão cultural e política. Era profundamente generoso, deixando mais de 1200 afilhados. O prefeito de Natal, por ato nº 280, de 13 de janeiro de 1948, determinou a antiga Rua Rui Barbosa passasse a chamar-se “Rua Coronel Cascudo”, situada no bairro Cidade Alta, em Natal.
Era pai do maior folclorista, historiador, crítico literário, biógrafo, jornalista, antropólogo, poeta, musicólogo, orador, etnógrafo, professor, humanista, poliglota e sábio, o grande Luiz da Câmara Cascudo, natural de Natal, nascido a 30 de dezembro de 1892 e faleceu em sua terra natal em 30 de julho de 1986.
Francisco Cascudo faleceu em Natal no dia 19 de maio de 1935.




DOZINHO

Campograndense conhecido nacionalmente por compor famosos sambas-enredo, machinhas de carnaval, frevo, como também hinos de alguns clubes de futebol.
CLAUDIONOR BATISTA DE OLIVEIRA (DOZINHO), natural de Campo Grande-RN, nascido a 24 de novembro de 1927. Embora ficasse conhecido como compositor de frevos, sua carreira teve início com composições para campanhas publicitárias como também políticas. Compôs também sambas-enredo. Foi assistente de orquestra da Rádio Nacional no Rio de Janeiro. Trabalhou na Gravadora Copacabana como agente e na Mocambo como representante. Começou a compor na década de 1940. Em 1952, teve suas primeiras composições gravadas, o samba-choro "Há sinceridade nisso?", e o baião "Se tocá eu danço", feitos em parceria com Manezinho Araújo e Carvalhinho e gravados por César de Alencar, dois de seus maiores sucessos. No mesmo ano e com a mesma dupla fez o baião "Jica-jica", gravado em dueto por César de Alencar e Heleninha Costa. Por essa época compôs a música de carnaval "Marta Rocha", em homenagem à então miss Brasil, que visitava a cidade de Natal e que permaneceu inédita. Em 1955, Os Cancioneiros gravaram, de sua parceria com Genival Macedo, o baião "Menino de pobre". No mesmo, ano Déa Soares gravou o samba "Peço a Deus", parceria com Sebastião Rosendo. Em 1956, o Trio Puraci gravou dele e Hilário Marcelino a marcha "Vou de reboque" e Expedito Baracho o samba-canção "Beco da maldição". Em 1957, Os Cancioneiros gravaram os frevo-canções "Tempero de pobre" e "Fantasia de capim", que também figuram entre seus maiores sucessos. Em 1959, Gilberto Fernandes gravou o samba-canção "Trapo", parceria com Zito Limeira, e o samba "Só depende de você". Em 1962, Gilberto Fernandes gravou o samba-canção "Maltrapilha" e Os Cancioneiros o samba "Sofredor". Nesse mesmo ano, obteve grande êxito no lançamento do LP "Primeiro ensaio", que recebeu as seguintes palavras elogiosas do historiador Câmara Cascudo: "Dozinho tem a linguagem musical. Diz todas as suas emoções na linha melódica, doce, clara, fácil, com uma naturalidade de fonte. E uma grandeza espontânea de predestinado". Ainda no mesmo ano compôs "O mais querido", hino do ABC Futebol Clube, popular clube de futebol de Natal. Compôs ainda o hino do Alecrim Futebol Clube e um segundo hino do América Futebol Clube de Natal. Em 1963, Roberto Bozzam gravou o bolero "Se alguém me perguntar" e o frevo-canção "Só presta quente". Em 1964, Meves Gomes gravou o frevo-canção "Eu quero mais..." e José Alves "Me deixa em paz". Entre seus LPs destaca-se "Carnaval de Norte a sul", com 12 composições em parceria com Waldir Minone, interpretadas por Claudionor Germano, Albertinho Fortuna, Expedito Baracho, que cantou solo e como integrinte do conjunto Os Cancioneiros e Carminha Mascarenhas. Em 1965 lançou o compacto simples "A vez do morro" e "Ponta negra", como parte da campanha Pró-Frente de trabalho João XXIII. No mesmo ano Gilberto Ferandes gravou "Baião". Teve músicas gravadas, entre outros, por Claudionor Germano, Blecaute, Expedito Baracho, Trio Guarany com Orquestra Tamandaré e Paulo Marquez. É um considerado um dos grandes do carnaval ao lado de nomes como Capiba e Nelson Ferreira. Depois de atuar no Rio de Janeiro e no Recife, retornou para a cidade de Natal.
Aos 83 anos, o compositor se despede das gravações, deixando o último disco, intitulado ‘Bloco sem nome’, que retrata a realidade atual do carnaval natalense, como na música-título do disco e também em Dólar na cueca – uma crítica aos políticos corruptos do país.
O álbum ‘Bloco sem nome’ tem arranjos de Jubileu Filho e participação de artistas como Paulo Tito, Claudionor Germano, Tânia Talli, Expedito Baracho e Isaque Galvão. Apesar de ser a última gravação que Dozinho realiza, ele garante que continuará compondo suas marchinhas e frevos para alegria daqueles que brincam carnaval.

Toda a sua obra, biografia, discografia você encontra no site:






JOAQUIM RAMALHO

Teve sua hístória contada por Luís da Câmara Cascudo que pediu, em um de seus artigos, "licença para contar uma história que nunca foi contada". Esse estudo foi publicado pela primeira vez no Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro, em 9 de fevereiro de 1941 e transcrito, posteriormente, na revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte.
Tema do artigo: os fanáticos da Serra de João do Vale. Mais tarde, Tarcísio Medeiros abordou o assunto em seu livro "Aspectos Geográficos e Antropológicos da História do Rio Grande do Norte".
É, portanto, uma história pouco conhecida.
O local em que tudo aconteceu foi a Serra de João do Vale, localizada no município de Campo Grande. Possui tal denominação porque herdou o nome do seu primitivo proprietário, João do Vale Bezerra.

JOAQUIM RAMALHO DO NASCIMENTO, que seria um dos chefes dos fanáticos, natural de Campo Grande, nasceu no sítio "Cajueiro", em 1862, filho de Manuel Ramalho do Nascimento e de dona Isabel Maria da Conceição.
Luís da Câmara Cascudo traçou o perfil de Joaquim Ramalho, com as seguintes palavras: "Gordo, lento, apático, amarelo, foi menino sujeito às cismas, meditações longas, olhar parado, acompanhando um pensamento misterioso. Com poucos anos, afirma-se a tendência mística, nas orações sem fim, passos tirmoados, braços para o firmamento, rezando missas, impondo penitências".
Joaquim Ramalho cresceu e, adulto, se casou, passando a morar na Vila do Triufo. Continuou, entretanto, com o mesmo comportamento estranho, rezando sempre.
No final de 1894, morreu o vigário de Triunfo, padre Manuel Bezerra Cavalcante, com oitenta anos, sendo chorado por toda a comunidade.
No ano de 1898, Joaquim Ramalho teve um ataque, assim descrito por Câmara Cascudo: "Bruscamente parou, nauseante, gorgulhando vômitos e caiu de bruços, pesadamente". Durante a crise, começou a cantar. Quando recobrou os sentidos, não se lembrava de nada. O fenômeno se repetiu nas outras tardes seguintes. A notícia se espalhou rapidamente, crescendo o número de curiosos, todos querendo assistir à cena. Estava nascendo mais um líder místico no sertão nordestino. Como Joaquim Ramalho tinha lido Allan Kardec, acreditou que estava sendo possuído pelo espírito do velho vigário. Dentro em breve, segundo o beato, o espírito de outro sacerdote passou a se encarnar nele: padre Manuel Fernandes, vigário de Macau.
À medida que o arraial crescia, tudo se desorganizava nos arredores. As pessoas abandonavam o trabalho para seguir o beato, ao mesmo tempo em que aumentava a devassidão.
Um mestiço, de nome Sabino José de Oliveira, de acólito de Joaquim Ramalho subiu de categoria quando recebeu o espírito de um padre italiano, chamado Brito de Maria da Conceição.
Nessa altura dos acontecimentos, "a moral desceu à quota zero" na palavras de Câmara Cascudo.
Começaram, então, a surgir reclamações. O coronel Luiz Pereira Tito Jácome denunciou o movimento ao governador do Estado, desembargador Joaquim Ferreira Chaves que, recebendo várias queixas, nomeou o tenente do Batalhão de Segurança, Francisco Justino de Oliveira Cascudo, para acabar com a festa.
Os dois místicos foram presos em "Pitombeira". Não houve nenhuma reação. Joaquim Ramalho disse apenas que "Deus foi preso, quando mais eu...".
Sabino caiu no chão, como se estivesse sendo possuído por um espírito. O tenente, inteligente, percebeu a "farsa", e bateu nele com a espada. Sabino se ergueu rápido, dizendo: "Pronto seu tenente, o espírito já saiu, Voou na ponta da espada...
"Joaquim e Sabino foram presos e levados para a cadeia de Triunfo. E desmoralizados perante seus adeptos, por causa das declarações que eles prestaram à polícia. O processo policial, contudo, não deu em nada. Os dois beatos foram colocados em liberdade.
Joaquim Ramalho, ao sair da prisão, voltou a trabalhar na agricultura. Morreu no seu sítio "Malhada Redonda", com idade avançada, picado por uma cascavel. Nunca mais recebeu "espírito"... O outro não se sabe como terminou. Uma coisa é certa: ficou totalmente curado...
Fonte: Cadernos especiais – Tribuna do Norte.






FRANCISCO DE BRITO GUERRA

PADRE FRANCISCO DE BRITO GUERRA, filho de Manuel da Anunciação Lira e Ana Filgueira de Jesus, nasceu em 18 de abril de 1777 na cidade de Campo Grande-RN. Era bacharel em Direito, sacerdote formado pelo Seminário Maior de Olinda, e exerceu vários cargos políticos.
No ano de 1810 Francisco de Brito Guerra se submeteu ao concurso para provimento do cargo de vigário colado (sacerdote fixo, na época nomeado pela coroa), da freguesia do Seridó. Sendo nomeado e então passando a residir naquela cidade, onde resolveu construir um sobrado, no qual passou a morar acompanhado de sua mãe e das irmãs. Lá, ele morou por 34 anos.
Figura expressiva na política provincial e imperial, Brito Guerra teve sua primeira legislatura, como deputado geral, entre os anos de 1831 e 1833, sendo novamente Deputado Geral nos anos de 1834 a 1837 e finalmente senador vitalício do Império em 1837.
Foi projeto seu a Lei de 25 de outubro de 1831 que delimitava o território do Seridó fazendo-o definitivamente pertencer à Província do Rio Grande do Norte, acabando com a polêmica com a Paraíba que reivindicava essa porção espacial para si. O Padre Brito Guerra também fundou o primeiro jornal do Rio Grande do Norte, denominado “O Nordeste”, em 1832; também em 1832 construiu a Escola de Latim em Caicó; publicou várias obras como: Um discurso em português, que foi o primeiro trabalho publicado por um norte-riograndense em Lisboa, 1800 e A 'Oratio Acadêmico', 1801. Sendo todas elas publicadas na coletânea ‘A Gratidão Republicana’, organizada pelo Padre Manuel Jácomo de Menezes.
O padre Francisco de Brito Guerra veio a falecer no Rio de janeiro, no dia 26 de fevereiro de 1845, com 68 anos.



 

ZACARIAS GUREL CUNHA

 
DR. ZACARIAS GURGEL CUNHA – 1948 - , natural de Campo Grande-RN, nascido a 5/11/1912, filho de Avelino de Azevedo Cunha e Maria das Mercês Gurgel Cunha. Bacharel em Direito, pela Faculdade do Ceará. Casou-se em 31/01/1934, com Alba Barbosa Cunha (07/05/1916 - 21/08/1991), e tiveram 8 filhos. Foi promotor de Justiça da Comarca de Martins e Juiz de Direito de Apodi, Angicos, Caraúbas e Mossoró.

Promovido ao cargo de desembargador do Tribunal de Justiça, tomou posse em 29/9/52. Foi presidente do Tribunal de Justiça por duas vezes, em 14/15/50 e 9/12/65. Foi deputado estadual pela ARENA, no período de 1970/74. Foi governador constitucional do Estado no período de transição entre o governo de Dinarte Mariz e Aluízio Alves. Faleceu em Natal no dia 23/7/1993, aos 81 anos de idade.





ANTONIO GENTIL

Um campograndense que fugindo da seca para a capital, se tornou um dos maiores empresário do Rio Grande do Norte, franqueador da marca Botton e Boticário uma das maiores redes de perfumaria e cosméticos do mundo.


ANTÔNIO GENTIL DE SOUZA, natural de Campo Grande, nasceu no dia 20 de outubro de 1947, casado com a Marluce Bezerra de Souza, ainda jovem, sai de sua terra natal em direção à capital, fugindo da seca que castigava os sertanejos, mostrou como o trabalho e a perseverança pode levar um atendente de serviços gerais a ocupar o posto de diretor de uma empresa, e, posteriormente a se tornar um dos maiores empresários do setor varejista do Rio Grande do Norte.
Em seu histórico profissional um início modesto como auxiliar de serviços gerais, passando a vendedor, gerente e sócio diretor da Camisaria União, diretor Presidente da Toni Modas, posteriormente a empresa que deu nome a Botton, marca do vestuário masculino que abastece mais de cem lojas multimarcas no Nordeste. Franqueado e criador das Lojas O Boticário que é hoje a maior rede de perfumaria e cosmético do mundo, com presença nos cinco continentes, a primeira loja foi aberta na década de oitenta, e se multiplicou na grande Natal, atualmente são dezoito lojas no Rio Grande do Norte. É também possuidor e sócio da Seguradora BRJM empresa do braço financeiro do grupo J. Maluceli.

Como sindicalista foi, por várias vezes, diretor do Sindicato dos Comerciários. Dentre os vários cargos posso destacar o de Presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Norte no biênio 86, 88, realizando então em sua gestão a 20ª Convenção Nacional de Dirigentes Lojistas do Brasil, com a inauguração do Centro de Convenção de Natal, evento este que marcou o despontado turismo potiguar.

Destacamos também algumas de suas filosofias empresarias, bem como algumas de suas obras literárias: “Tudo o que se compra com dinheiro é barato; caro é respeito, honra, dignidade que não se encontra nas prateleiras do supermercado.” “A receita do sucesso é trabalhar muito, dormir tarde e acordar cedo.” “Procure desenvolver a capacidade de se antecipar aos acontecimentos.” “É melhor dormir com fome do que acordar devendo.” “E a prosperidade dos negócios está em fazer mais com menos.” As edições literárias destacamos; O Rio Grande do Norte é um Grande Negócio, Monografia Histórica e Geográfica do Município de Campo Grande no Rio Grande do Norte, Cleto Souza escrivão poeta e boêmio, do Rio Grande do Norte para o Maranhão.

Antônio Gentil que nunca esqueceu sua terra amada construiu e fundou e mantém, o Espaço Cultural Cleto Souza, a entidade possui biblioteca, pinacoteca, museu, escola de informática, música e artesanato, além disso, realiza seminários, palestras, treinamentos e encontros que alavanca o desenvolvimento das crianças e jovens. Fundada há 13 anos o Espaço foi doado e hoje integra a Casa de Cultura Popular de Campo Grande, Projeto da Fundação José Augusto.

Antonio Gentil também Fundou a SAGE Cosméticos do Maranhão Ltda, hoje responsável pela consolidação da marca O Boticário na grande São Luís, articulador da implementação de novos negócios naquele Estado, e defensor de futuros investimentos em São Luís e cidades pólos do Maranhão.

Dentre os vários títulos recebidos por Antonio Gentil, pode-se mencionar o título de cidadão maranhense, recentemente concedido pela Assembléia Legislativa daquele Estado, e a Comenda Eider Vieira por serviços prestados, concedida pela Câmara Municipal de Campo Grande.

Fonte: Assembléia Legislativa do Estado do Maranhão.


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