sexta-feira, 21 de maio de 2010

GRANDES NOMES DA NOSSA HISTORIA



Nesta sexta O Grandes Nomes da Nossa Historia tem a honra de contar um pouco da vida de um grande artista campograndense conhecido nacionalmente por compor famosos sambas-enredo, machinhas de carnaval, frevo, como também hinos de alguns clubes de futebol. Estamos falando de Dozinho.

CLAUDIONOR BATISTA DE OLIVEIRA (DOZINHO), natural de Campo Grande-RN, nascido a 24 de novembro de 1927. Embora ficasse conhecido como compositor de frevos, sua carreira teve início com composições para campanhas publicitárias como também políticas. Compôs também sambas-enredo. Foi assistente de orquestra da Rádio Nacional no Rio de Janeiro. Trabalhou na Gravadora Copacabana como agente e na Mocambo como representante. Começou a compor na década de 1940. Em 1952, teve suas primeiras composições gravadas, o samba-choro "Há sinceridade nisso?", e o baião "Se tocá eu danço", feitos em parceria com Manezinho Araújo e Carvalhinho e gravados por César de Alencar, dois de seus maiores sucessos. No mesmo ano e com a mesma dupla fez o baião "Jica-jica", gravado em dueto por César de Alencar e Heleninha Costa. Por essa época compôs a música de carnaval "Marta Rocha", em homenagem à então miss Brasil, que visitava a cidade de Natal e que permaneceu inédita. Em 1955, Os Cancioneiros gravaram, de sua parceria com Genival Macedo, o baião "Menino de pobre". No mesmo, ano Déa Soares gravou o samba "Peço a Deus", parceria com Sebastião Rosendo. Em 1956, o Trio Puraci gravou dele e Hilário Marcelino a marcha "Vou de reboque" e Expedito Baracho o samba-canção "Beco da maldição". Em 1957, Os Cancioneiros gravaram os frevo-canções "Tempero de pobre" e "Fantasia de capim", que também figuram entre seus maiores sucessos. Em 1959, Gilberto Fernandes gravou o samba-canção "Trapo", parceria com Zito Limeira, e o samba "Só depende de você". Em 1962, Gilberto Fernandes gravou o samba-canção "Maltrapilha" e Os Cancioneiros o samba "Sofredor". Nesse mesmo ano, obteve grande êxito no lançamento do LP "Primeiro ensaio", que recebeu as seguintes palavras elogiosas do historiador Câmara Cascudo: "Dozinho tem a linguagem musical. Diz todas as suas emoções na linha melódica, doce, clara, fácil, com uma naturalidade de fonte. E uma grandeza espontânea de predestinado". Ainda no mesmo ano compôs "O mais querido", hino do ABC Futebol Clube, popular clube de futebol de Natal. Compôs ainda o hino do Alecrim Futebol Clube e um segundo hino do América Futebol Clube de Natal. Em 1963, Roberto Bozzam gravou o bolero "Se alguém me perguntar" e o frevo-canção "Só presta quente". Em 1964, Meves Gomes gravou o frevo-canção "Eu quero mais..." e José Alves "Me deixa em paz". Entre seus LPs destaca-se "Carnaval de Norte a sul", com 12 composições em parceria com Waldir Minone, interpretadas por Claudionor Germano, Albertinho Fortuna, Expedito Baracho, que cantou solo e como integrinte do conjunto Os Cancioneiros e Carminha Mascarenhas. Em 1965 lançou o compacto simples "A vez do morro" e "Ponta negra", como parte da campanha Pró-Frente de trabalho João XXIII. No mesmo ano Gilberto Ferandes gravou "Baião". Teve músicas gravadas, entre outros, por Claudionor Germano, Blecaute, Expedito Baracho, Trio Guarany com Orquestra Tamandaré e Paulo Marquez. É um considerado um dos grandes do carnaval ao lado de nomes como Capiba e Nelson Ferreira. Depois de atuar no Rio de Janeiro e no Recife, retornou para a cidade de Natal.

Aos 83 anos, o compositor se despede das gravações, deixando o último disco, intitulado ‘Bloco sem nome’, que retrata a realidade atual do carnaval natalense, como na música-título do disco e também em Dólar na cueca – uma crítica aos políticos corruptos do país.
O álbum ‘Bloco sem nome’ tem arranjos de Jubileu Filho e participação de artistas como Paulo Tito, Claudionor Germano, Tânia Talli, Expedito Baracho e Isaque Galvão. Apesar de ser a última gravação que Dozinho realiza, ele garante que continuará compondo suas marchinhas e frevos para alegria daqueles que brincam carnaval.

Toda a sua obra, biografia, discografia você encontra no site:






Postado por: Heráclito Patrício e Eider Vieira

2 Comentários:

Ruston Liberato disse...

Caro Patrício, essa matéria sobre Dozinho era uma das mais esperada por mim, pois tive o prazer de conversar (aqui em Natal) com esse conterrâneo conhecido pelas suas marchinhas, mas que os campograndenses não o conhecem profundamente. Na conversa que tive com ele a algum tempo, ele me revelou que teve um contato com o ex-prefeito Bebeto e que Bebeto prometera colocar seu nome em uma rua de Campo Grande. Não sei como anda essa questão.
Parabéns, essa coluna sobre os filhos de Campo Grande está sendo, indiscutivelmente, um sucesso.

Higino disse...

Muito bem pensado esta homenagem que voces estão fazendo aos filhos da terra, os campograndenses ilustre, tais como Luis Gonzaga de Brito Guerra e outros que merecidamente são citados por voces, mui bem, meus gueridos co-irmão.

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